Talvez porque ainda eu esperasse, numa vaga esperança, que de vez em sempre ou de vez em nunca você lembrasse de mim. Quando passasse em frente à um bom e velho balanço branco, um pouco descascado, a ranger. Ou ao passar perto de alguém com o mesmo cheiro que o meu ou até mesmo em momentos tranquilos longe de casa.
Mesmo sabendo que toda essa esperança é vã, já cheguei a esperar.
Digamos que as lembranças ficaram apenas para mim, até porque você nunca fez a mínima questão de levar consigo algumas e me livrar desse peso todo que elas proporcionam.
Unhas ruídas, pernas inquietas, riso incontrolável, mais desastre e borboletas no estômago. Cansei de ter que me mandar flores, de escrever sobre amores. Inventar histórias tão lindas, escrever mentiras sinceras.
Estou me superando, e te esquecendo.
Não, eu não quero me livrar disso. Mas quero que não passe de nostalgia. Não quero mais desejar.
O seu cheiro, a sua voz, as borboletas no estômago quando você estava por perto. Estou acertando os meus dobrados, organizando sentimentos e queimando possibilidades e réstias do que eu me dava o trabalho de esconder.
Estou voltando, devolta pra casa!
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