Não há nada que se possa fazer quando um grande amor vai embora.
Você recolhe sua escova, sua caneca e seus chinelos, o ajuda a poupar espaço nas malas para ver se ele leva consigo tambem a tua vontade de quimera.
Quando um grande amor vai embora por escolha própria não há nada o que fazer.
Não adiantará vestir suas peças mais bonitas, alinhar seus cabelos, passar seu perfume favorito, pintar as unhas. Nada arrancará dele esta vontade estúpida que provavelmente te arrancará o sono pelas próximas mil e uma noites.
Mas quando um grande amor vai embora, nem sempre o que se sente por ele vai junto.
E assim passarão os anos, passarão os pássaros, passarão os outonos, os invernos, as primaveras e os verões. Passarão os outros, passarão as vidas, passarão as vontades, as impressões.
Os dias passam e passarão.
Mas nunca, nunca passará a agonia de ter perdido a única grande chance de ter conhecido o sentimento tão explorado pelos poetas. Nunca passará o arrependimento por não ter feito nada, mesmo não tendo o que se fazer, não ter feito nada e por fim ter deixado ir aquilo, o ínfimo pedaço do céu nesse mundo de infernos.
Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar. A pessoa certa só passa uma única vez em nossas vidas e depois disso tudo é diversão, tudo não passa de escuridão.
É assim, quando um grande amor vai embora.
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