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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Mais complexo do que possa parecer, não é amor.


E dai que tudo anda tão fora do lugar? E a vida, mais que depravada, me joga na cara que você mudou?
E dai que nós não temos mais os mesmos gostos? Nossos olhos não olham mais na mesma direção, tua canção mudou, não pensa mais em mim.. enfim, o que importa?
As lembranças passadas pra você ainda significam alguma coisa?

Devolva o meu retrato, ele não tem mais nenhum significado e não fica tão bem queimando na lareira. Se ele não canta mais pra você.. retire-o sem pena.
O respeito ainda quero bem aqui, mesmo que seja AQUI o meu, AI o seu. Mas eu não quero, mesmo, que me anuncie como um velho capitulo de livro, o das folhas amassadas que foram lidos com tanta presa e sem significado. E não me venha com lorotas, não quero ser lembrada como velha boa história, portanto com um fim tão depravado. E não, não quero que me apresente como uma velha canção, sem ritmo contagiante, não quero ser lida, exibida assim.
Quando falar de mim, use o bom senso, se for falar com intensidade. Não use de zombaria, não fale com rancor da história que tivemos. Não dá um livro, nem um capitulo sequer de uma novelinha qualquer. Não foi drama mexicano, não foi filme americano, foi sem roteiro, não queríamos audiência, foi sempre tudo tão assim, simples.

Ainda não descobri porque é tão comum pensar que você vai estar aqui, construir histórias inventadas e mentiras tão sinceras, como é tão claro o quanto eu gosto.
Não é amor, é melhor.. Não é paixão, bem pior!
Te incomoda essa cor? Esse timbre? O que mais você quer que eu mude aqui?
Ironia do destino, esse seu jeito tão preso nos afastou. Absolutamente tudo que eu nunca imaginei para nós.
Não me dê mais um olhar desses tão severos, a ponto de provocar uma explosão, não me olhe assim, não olhe pra mim!
Certos laços são eternos. Por favor, sem alfinetadas durante o próximo encontro, sem reação à um olhar que escapulir.

Um sorriso limpo, questão de educação. Nossos destinos mudaram, você tem outra opção?
Frio na barriga, borboletas no estômago.. momentâneas, nada mais que simples lembranças - não que realmente ainda me causem algum desses sintomas. Talvez seja saudade, talvez seja vontade de que tudo volte a ser como antes, por um segundo.

Tira esse ar maroto da cara, esse seu novo sarcasmo não tão amigável me agride e me ofende, querido!

Indelével, indelével.
Não parecia tão confuso enquanto acontecia!
E um dia quando eu acordar, eu não mais lembrarei, e tudo então.. estará desfeito.

Não estou trancando possibilidades. Estou abrindo a vida. Você consegue compreender? Sem exclusão, sem complicações, sem substituições ou armadilhas. Por fim, deixo nós assim. Melhor pra mim, mais chances, caminhos pra cruzar, destinos pra encontrar.

Agora tudo tão confuso, intenso, ardendo, sangrando, te escrevo assim, pra que de vez em quando, ou de vez em nunca você lembre de mim.
Quando alguém com uma velha calça desbotada ou coisa assim, uma cara de sono, e cabelo desajustado e fora do padrão passar pela sua vida, eu quero sim - permito - você lembrar de mim. E se esse alguém falar ao seu ouvido frases de amor tão comuns e banais, saiba que eu poderia fazer bem melhor.. mesmo sem nunca te-lo feito.
Eu ainda não sei como juntar as partes do que passou. Ainda não sei como reconstituir meus pedaços.
Nosso ponto final, ou um pra uma nova frase, mais bonita?

A velocidade acelerada da sua história atropelou a lentidão da minha.

Não te quero mal, em hipótese alguma. Eu só quero ficar bem. E eu, continuo aguentando firme, até meus pés se deslocarem desse chão.

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